O estranho lugar em que vivo 2

Como seria de esperar este post voltou à baila... Porque este estranho lugar em que vivo continua a surpreender me (mas não muito) mas sobretudo a quem vive numa agitada cidade como Lisboa e nem sonha como são as coisas aqui perdidas no fim do mundo fora do mapa...
Na minha terrinha existe uma única rotunda em que já passei por crianças a jogar à bola... Sim na rotunda! Entre os 10 carros que lá passam durante o dia, qual é a probabilidade de um vir tão depressa ou distraido que os atropele? Mínima... Aliás as crianças aqui nem devem saber que se pode morrer atropelado...
Aqui os carros param para falar com quem vai a passar na rua, não encostados à berma, mas no meio das 2 duas faixas de circulação! E nem mesmo assim se ouve buzinas por cá!
Aqui ainda passa a carrinha dos gelados com aquela música tão característica que eu nunca tinha ouvido antes de vir morar para cá... E também uma carrinha tipo mercearia que anda de terra em terra a vender tudo e mais um par de botas... Algo que a ASAE ainda não deve ter tido conhecimento...
Aqui as pessoas partilham o que têm a mais seja legumes, batatas ou carne. Um género de trocas em que cada um dá o que lhe sobra. Portanto entre os animais que crio, os que os vizinhos criam e os legumes, fruta ou batatas, é raro termos que comprar algo que não seja artigos de mercearia como arroz e massa.
Aqui as pessoas oferecem boleia para subir o monte...
Aqui a vida é diferente e não é só do ar puro...